sábado, 20 de abril de 2013

Audiência discute impactos da Cidade da Copa, no Grande Recife

Encontro em São Lourenço detalhou projeto e ouviu moradores da região. Empreendimento urbanístico depende de licenciamento da CPRH.


Uma audiência pública discutiu, nesta quarta-feira (17), o impacto ambiental das obras da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. O espaço foi entregue quase pronto no último domingo (14). Ao redor dele, será construída a Cidade da Copa, numa área de 194 hectares.
O projeto prevê a construção de hotéis, centro de convenções, unidades habitacionais, universidade, escolas, lojas, bares, restaurantes, cinemas, entre outros equipamentos urbanos. O prazo de conclusão é de 15 anos, e o início dos trabalhos depende do licenciamento ambiental, uma autorização concedida pela Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH).
Foi o órgão quem convocou a audiência pública e convidou moradores de comunidades em São Lourenço da Mata, Camaragibe, Recife e Jaboatão dos Guararapes. O diretor de investimentos da Odebrecht Properties (empresa responsável pelo serviço), Marcos Lessa, detalhou a primeira etapa da Cidade da Copa. "Nós estamos pensando para essa primeira fase um campus universitário, centro de convenções, arena indoor, que é um tipo de miniginásio moderno. Toda essa infraestrutura que foi criada para a Arena Pernambuco será aproveitada para o desenvolvimento dessa nova centralidade urbana", explicou.
Alguns representantes da sociedade civil participaram do debate, como o comerciante João Carlos Albuquerque, que ponderou sobre as obras viárias. "[A obra] Vai ser muito boa para a cidade, porém a questão da mobilidade interna, como é que vai ficar?", questionou. Já o morador José Ramos acredita que o projeto trará vários benefícios. "Vai ser excelente, pois o empreendimento está expandindo, fazendo São Lourenço crescer", disse.


Rima
Durante um ano e meio, vinte especialistas de várias áreas analisaram o local no qual será construída a Cidade da Copa e elaboraram o Relatório de Impacto Ambiental (Rima), que foi entregue à CPRH. O documento, com 174 páginas, descreve os impactos positivos e negativos que o empreendimento pode trazer ao meio ambiente e à sociedade.

A coordenadora técnica do estudo, Flávia Reis, mostrou por meio de um mapa os pontos que precisam mais cuidados. "A gente tem a previsão de corte de vegetação num volume de 1,5 hectare, além da previsão de intervenção na área de preservação permanente do Rio Capibaribe", falou. Outra preocupação é o lixo. "Lixo doméstico dos empregados da obra, da construção civil, que ocorre em todo o Brasil e aqui é um problema sério", complementou.


A CPRH tem ainda dez dias pra receber sugestões sobre o projeto. "Temos quatro meses onde o empreendedor pode apresentar complementações e aprofundar os estudos. Depois, temos mais um mês para dar o parecer final. Acho que até outubro esse processo poderá ser concluído e o licenciamento, de fato, ser iniciado, com a emissão da licença prévia", informou o diretor de Recursos Florestais e Biodiversidade do CPRH, Carlos André Cavalcanti.

Fonte: G1

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