segunda-feira, 7 de janeiro de 2013


Por que os solos das florestas

tropicais não são bons para

agricultura?


Apesar de nas florestas pluviais tropicais terem uma grande quantidade de espécies, os solos das mesmas não são bons para a agricultura. Isso acontece pelo fato de que num ambiente quente e úmido não ocorre um acumulo de sedimentos orgânicos devido a alta velocidade de decomposição de folhas, caules, e corpos de animais (o ambiente quente e úmido favorece a essa alta velocidade de decomposição). Como nessas áreas a precipitação é alta, os nutrientes liberados por essa rápida decomposição são levadas embora, além de serem rapidamente absorvidas por micorrizas (atuação mutualística entre as raízes e fungos).
Os solos tropicais sofrem muito intemperismo devido a alta precipitação e a constante temperatura alta. Grande parte dos nutrientes estão retidos nas próprias plantas e não no solo. Mais da metade dos solos tropicais são ácidos e deficientes em cálcio, fósforo, potássio, magnésio e outros nutrientes. Além disso, o fósforo tende a se combinar com o ferro ou alumínio formando compostos insolúveis que não são disponíveis para o crescimento das plantas, e os solos frequentemente apresentam níveis tóxicos de alumínio. As raízes se aprofundam em poucos centímetros e elas repassam rapidamente os nutrientes absorvidos pela decomposição de folhas, caules, e qualquer outro tipo de matéria orgânica, para as outras plantas vivas. Abaixo do solo não existe camada orgânica, e esse solo é removido rapidamente após a retirada da cobertura vegetal. Assim sendo quando a vegetação nativa é retirada para a agricultura ela tem nutriente em abundância, só que essa abundância vai embora rapidamente durando pouco de 3 anos, e ainda estraga o solo, evitando um reflorestamento (muitas vezes a área fica deserta).

Retirado do livro Biologia Vegetal - Raven, Peter H. 1936

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