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tropicais não são bons para
agricultura?
Apesar de nas florestas pluviais tropicais terem uma grande quantidade de espécies, os solos das mesmas não são bons para a agricultura. Isso acontece pelo fato de que num ambiente quente e úmido não ocorre um acumulo de sedimentos orgânicos devido a alta velocidade de decomposição de folhas, caules, e corpos de animais (o ambiente quente e úmido favorece a essa alta velocidade de decomposição). Como nessas áreas a precipitação é alta, os nutrientes liberados por essa rápida decomposição são levadas embora, além de serem rapidamente absorvidas por micorrizas (atuação mutualística entre as raízes e fungos).
Os solos tropicais sofrem muito intemperismo devido a alta precipitação e a constante temperatura alta. Grande parte dos nutrientes estão retidos nas próprias plantas e não no solo. Mais da metade dos solos tropicais são ácidos e deficientes em cálcio, fósforo, potássio, magnésio e outros nutrientes. Além disso, o fósforo tende a se combinar com o ferro ou alumínio formando compostos insolúveis que não são disponíveis para o crescimento das plantas, e os solos frequentemente apresentam níveis tóxicos de alumínio. As raízes se aprofundam em poucos centímetros e elas repassam rapidamente os nutrientes absorvidos pela decomposição de folhas, caules, e qualquer outro tipo de matéria orgânica, para as outras plantas vivas. Abaixo do solo não existe camada orgânica, e esse solo é removido rapidamente após a retirada da cobertura vegetal. Assim sendo quando a vegetação nativa é retirada para a agricultura ela tem nutriente em abundância, só que essa abundância vai embora rapidamente durando pouco de 3 anos, e ainda estraga o solo, evitando um reflorestamento (muitas vezes a área fica deserta).
Retirado do livro Biologia Vegetal - Raven, Peter H. 1936
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