quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Investimentos globais em energia renovável caíram 11% em 2012, aponta estudo
A crise no mercado financeiro dos Estados Unidos e países da Europa influenciaram na queda de 11% dos investimentos globais em energias renováveis em 2012, em comparação com o ano anterior, segundo relatório publicado pelo escritório especializado Bloomberg New Energy Finance (BNEF).
Na contramão da recessão econômica, China e Japão apresentaram bons desempenhos e evitaram, assim, que a redução dos investimentos fosse ainda mais significativa.
O documento aponta que foram investidos US$ 268,7 bilhões em projetos de energia limpa, ante os US$ 302,2 bilhões aplicados em 2011. Apesar da redução, 2012 foi considerado o segundo melhor ano para investimentos, que cresceram cinco vezes se comparados ao montante destinado em 2004.
O documento aponta que foram investidos US$ 268,7 bilhões em projetos de energia limpa em 2012, ante os US$ 302,2 bilhões aplicados em 2011.
"Tínhamos advertido que 2012 podia ser pior do que 2011, mas os boatos sobre a morte dos investimentos em energias limpas foram muito exagerados", ponderou o diretor do BNEF, Michael Liebreich, em comunicado.
"O mais importante é que a queda não tenha sido maior, em face das turbulências vividas pelo setor de energias limpas em 2012, em consequência da incerteza sobre as políticas de apoio, a crise orçamentária na Europa e uma queda contínua no custo das tecnologias", acrescentou Michael.
Crise? Que crise?
Contudo, o relatório destaca que o mercado chinês cresceu 20% e atualmente lidera o ranking de investimentos no setor com US$ 67,7 bilhões. O Japão pós-Fukushima teve aumento de 75% na injeção financeira no setor, com US$ 16,3 bilhões.
Mas alguns grandes países registraram quedas pronunciadas, entre eles os Estados Unidos (queda de 32%, com US$ 44,2 bilhões), onde o mercado sofreu os efeitos do "abismo fiscal" e a concorrência do gás de xisto.
A Índia teve queda de 44% devido à decisão das autoridades em frear os investimentos em energia eólica e solar, assim como os países mergulhados na redução do déficit fiscal, como a Itália (-51%) e a Espanha (- 68%).
De acordo com o estudo, outros "grandes" europeus com orçamentos sob pressão também foram afetados, como a França (- 35%), Reino Unido (-17%) e a Alemanha (-27%).
FONTE: Ecodesenvolvimento
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